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terça-feira, 24 de setembro de 2019

Memórias de uma vida como professora parte 1


Uma imagem contendo brinquedo, LEGO

Descrição gerada automaticamente






Memórias...

Fiquei pensando na minha historia profissional...Minha neta disse que eu fiz a diferença para muitas crianças e essa fala me emocionou profundamente. É verdade!
Quantas historias da educação infantil deixaram marcas na minha alma...
Logo no inicio da minha profissão, ainda como estagiária, conheci um menininho japonês e sem falarmos a mesma linguagem, transbordávamos em afeto. Alguns anos depois a historia se repetiu com um menino da França e também o contato afetivo foi a nossa linguagem. Nessa época também tinha uma aluna lourinha de cabelos cacheados que disse pra mãe: Eu gosto muito da Sheyla porque ela tem um peito gostoso
(aconchegante). Sim, sempre fui aquela dos abraços apertados. Como é bom!
Lembro de outro menino que só na escola fazia cocô . E só eu podia limpar. No inicio, ficava enjoada mas a psicóloga na época, me orientou que ele me dava de presente o seu produto e foi assim que construímos nossa relação de confiança. Ele passou a vir pra escola cada vez mais seguro.
Muitas e muitas turmas durante 20 anos de educação infantil e eu amava cada grupo a ponto de chorar no final dos anos. Mas então vinha outra turma e começávamos tudo outra vez...
Uma vez fui a escolhida para adaptar uma menina que já tinha sido convidada a mudar de escola 4 vezes e ela tinha somente 5 anos! Pois não é que consegui? Foi muito gratificante construir um relacionamento dia a dia entre tapas (literalmente, da parte dela) e beijos. Muita conversa com ela e com a turma explicando que esse comportamento era uma dificuldade de convivência e que juntos, todos iriamos ajuda-la. E foi assim que a menina permaneceu nessa escola e nesse grupo ate o ensino médio.
A partir daqui fui estudar Psicopedagogia e tive a honra como aluna do Ceperj de ter aulas com o Prof. Jorge Visca. Sempre defendendo o lema do diálogo  e do afeto com as crianças e com as turmas. Acredito que esse seja o motivo das marcas na alma...


2 comentários:

  1. Querida Sheyla, este seu relato só vem corroborar com o pensamento que diz que todos, absolutamente, têm professores mas pouquíssimos podem sê-lo. Você é, certamente, dessas pessoas que dignificam esta profissão que, a despeito de seu papel vital para a sociedade, é, atualmente, tão subvalorizada. Sinto-me orgulhoso por tê-la conhecido, convivido e, claro, apreendido muito contigo. Sucesso!

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