Nasci no Rio de Janeiro. Comecei
a estudar aos 17 anos para professora de Educação infantil. Nesse caminho,
busquei instrumentalização pedagógica para a aquisição do vinculo afetivo como
ferramenta para a aprendizagem. Estudei Pedagogia e Psicopedagogia. E na minha
monografia dissertei sobre o vinculo e o dialogo com as crianças. Continuei
trabalhando em escolas e criei um Projeto de Inclusão onde pude vivenciar cada
vez mais a importância que eu buscava ao vinculo. Estudei sobre autismo na PUC
e na Santa Casa de Misericórdia no RJ. Conclui a Pós em Neuroaprendizagem no
Instituto Saber em São Paulo. Atualmente estudo Neurociencias Trabslacional no IDOR. Adoro contar historias, vivenciar o dia a dia com
as crianças, construir jogos, promover debates sobre vídeos ou assuntos
emergentes e assembleias, enfim...ouvi-los.
Criei esse blog para compartilhar textos de minha autoria, resenhas de livros que gosto e indico, além também outras sugestões para quem convive com crianças. Aproveito para divulgar meus atendimentos psicopedagógicos e me apresentar como palestrante sobre habilidades sócio emocionais e valores amorosos. É preciso mais afeto na educação! Sheyla Baum
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quarta-feira, 28 de agosto de 2019
Brincar é coisa séria/Os jogos como ferramenta do desenvolvimento Infantil
Brincar é coisa séria
Os jogos como
ferramenta do desenvolvimento Infantil
O uso de jogos
no contexto educacional favorece uma aprendizagem ativa pois unifica e integra
o conhecimento. Segundo Winnicot, pediatra que desenvolveu sua psicanálise com base
nas relações familiares entre a criança e o ambiente, é brincando que se adquire
experiência de vida. A brincadeira é uma prova evidente e constante da
capacidade criadora, que quer dizer vivencia.
O jogo é um recurso que desenvolve os esquemas do
conhecimento como observar, identificar, comparar, classificar analisar e
estabelecer relações. Porém, precisamos contextualizar o jogo e o brincar nas
escolas. Não é somente para transmitir noções de uma disciplina de forma mais
atraente para os alunos. Também não é apenas por seu caráter recreativo. E sim,
o jogo constitui-se como recurso formativo, pois colabora para a aprendizagem
mais ativa e agrega os valores do conteúdo programático de forma eficaz.
Segundo Maria
Montessori, pedagoga e criadora do método educativo que ainda é usado hoje
em escolas públicas e privadas mundo afora, destacou a importância da
liberdade, da atividade e do estímulo para o desenvolvimento físico e mental
das crianças. Para ela, liberdade e disciplina se equilibrariam, não sendo
possível conquistar uma sem a outra. Adaptou o princípio da autoeducação, que consiste
na interferência mínima dos professores, pois a aprendizagem teria como base o
espaço escolar e o material didático. Montessori também destaca que a
criança é um ser em criação. Cada ato é
para ela uma ocasião de explorar e tomar posse de si mesma ou para melhor
dizer, a cada extensão de si mesma, a ampliação de si mesma. ``A importância
decorre de conquista em conquista, uma vibração incessante``.
As pesquisas em neurologia mostram
que os primeiros sete anos de vida são decisivos
para o desenvolvimento da criança. Nestes anos, as pessoas sofrem diversas
transformações próprias do crescimento, entre elas, as físicas, em que o
nosso corpo sofre diversas alterações e mudamos a dentição para definitiva. A
nível emocional formamos, nesta idade, um sentimento básico em relação ao
mundo, ou seja, aquele sentimento ou característica que nos vai
acompanhar para sempre. Então, a criança vai
desenvolver através dos jogos em grupos
as bases para o seu futuro, as habilidades socioemocionais para a convivência
em grupo assim como concentração, raciocínio, foco, criatividade,
agilidade. A primeira
infância é um período fundamental no desenvolvimento cerebral. Na primeira infância as respostas
são mais rápidas, mais intensas e mais duradouras, em contrapartida àquelas
verificadas na juventude, que são, por sua vez, relativamente mais lentas,
menos intensas e menos duradouras. É uma fase em que o cérebro se desenvolve em
velocidade frenética e tem um enorme poder de absorção, como uma esponja
maleável. As primeiras impressões e experiências na vida preparam o terreno
sobre o qual o conhecimento e as emoções vão se desenvolver mais tarde.
Os jogos são muitas vezes subestimados em sua
importância para o crescimento e desenvolvimento da inteligência da criança, da
intuição e da criatividade. A ciência já confirma os benefícios dos jogos de
regras como por exemplo o jogo de tabuleiro.
Os jogos de tabuleiro são importantes para exercitar a mente, além de lúdicos e divertidos, proporcionam que as crianças estimulem várias habilidades fundamentais para o desenvolvimento da concentração, raciocínio lógico e estimulam a criança a criar estratégias importantes para o desenvolvimento cognitivo e emocional.
A partir dos jogos, a criança é estimulada a usar a imaginação, a concentração, a atenção e o foco atencional e descobre novas coisas a partir de cada jogo. Outro fator importante, é que os jogadores aprendem a competir de forma saudável e criativa.
As regras de cada jogo estimulam a criar o hábito de atenção às regras de modo geral. A partir desta forma lúdica, o aluno se torna mais propenso a cumprir regras que são comuns a todos e a respeitar o direito do outro.
Os jogos de tabuleiro são importantes para exercitar a mente, além de lúdicos e divertidos, proporcionam que as crianças estimulem várias habilidades fundamentais para o desenvolvimento da concentração, raciocínio lógico e estimulam a criança a criar estratégias importantes para o desenvolvimento cognitivo e emocional.
A partir dos jogos, a criança é estimulada a usar a imaginação, a concentração, a atenção e o foco atencional e descobre novas coisas a partir de cada jogo. Outro fator importante, é que os jogadores aprendem a competir de forma saudável e criativa.
As regras de cada jogo estimulam a criar o hábito de atenção às regras de modo geral. A partir desta forma lúdica, o aluno se torna mais propenso a cumprir regras que são comuns a todos e a respeitar o direito do outro.
Além dessas vantagens, o uso do jogo
envolve uma mão dupla entre aluno e
professor. O professor interage e se torna facilitador da aprendizagem deixando
de estar no lugar do detentor do saber.
A equipe de
professores precisa estar segura dessa pratica para que não seja visto como
perda de tempo ou simples recurso didático. O uso dos jogos também é importante
para avaliação em todas as fases do
desenvolvimento cognitivo.
Sheyla Baumworcel
Psicopedagoga com especialização em Neuroaprendizagem
Psicomotricidade e Investigação
Psicomotricidade e Investigação - Vitor da
Fonseca, capitulo 1
MODELOS\TEÓRICOS
Nesse
capitulo o autor descreve a origem dos modelos teóricos em psicomotricidade com
uma história de mais ou menos 100 anos e revela o passado filogenético da mesma
que remonta às origens da antropogénese (FONSECA, 1989, 1999).
O autor cita
DUPRE (1909, 1925), e a JANET (1928 que inauguraram historicamente o uso do
termo “psicomotricidade”, mas foi TISSIÉ (1894, 1899, 1901) o primeiro a
estudar as conexões entre o movimento e o pensamento (FONSECA, 1976, 1998).
WALLON (1925, 1932, 1934, 1956, 1969) foi o autor de referência primordial que
deu ao termo psicomotricidade a expressão teórica mais sólida e coerente,
mantendo até hoje atualizadas muitas das suas abordagens conteudísticas (CAMUS,
1998).
O autor
revela também as contribuições de diferentes autores, tais como:
CONTRIBUTOS EUROPEUS:
· PIAGET (1947,1956,1962, 1976), com
enfoque biológico e sensório-motor estruturado e construtivista,
·
AJURIAGUERRA (1952, 1959, 1970, 1974),
com enfoque neurofuncional e neuropsiquiátrico prodigioso.
CONTRIBUTOS NORTE-AMERICANOS:
·
KEPHART (1967, 1971), FROSTIG (1964, 1970),
GETMAN (1965), CRATIY (1973, 1994), BARSH (1965) e AYRES (1972, 1979), com
enfoque behaviorista.
CONTRIBUTOS RUSSOS:
· BERNSTEIN (1967), ZAPOROZHETS (1960),
ZAPOROZHETS & ELKONINE (1971), SECHENOV (1965), VYGOTSKY (1979, 1986) com
enfoque na psicofisiologia e neuropsicologia e essencialmente LURIA (1965,
1974, 1975), sem os quais o aprofundamento futuro da teorização da
psicomotricidade ficará certamente muito limitado em nossa opinião.
OUTROS AUTORES CITADOS:
·
M. DE BIRAN (1932), HENRY (1965) na
filosofia; na fenomenologia, M. PONTY (1945, 1963); na psicanálise, FREUD
(1930, 1962, 1976); na psiquiatria, SCHILDER (1963); na psicofisiologia,
BUYTENDDIJK (1957), MIRA Y LOPEZ (1951), ECCLES (1989), PAILLARD (1961); na
praxiologia, LlEPMANN (1908); na neuropsicologia, OUIRÓS & SCHRAGER (1978);
na psicologia cognitiva, GARDNER (1985).
NA TEORIA DA EDUCAÇÃO FÍSICA E DOS DESPORTOS:
·
LE BOULCH (1967,1972), PARLEBAS
(1970), MÉRAM (1970), com paradigmas emergentes inovadores, porém com significações
conteudísticas diferentes e com pouco poder de integração e de síntese teórica
no âmbito da psicomotricidade (FAUCHÉ, 1993), com enfoque no modelo fisicalista
de ginástica sueca.
CONTRIBUTOS DE PAÍSES FRANCÓFONOS E MAIS TARDE
NOS LATINOS:
· PETAT (1942), e de WALTHER (1948), se
aproximando mais dos modelos paramédicos, reforçando a presença dos modelos
teóricos clássicos sobre o movimento humano, como os da ginástica corretiva, da
cinesioterapia, da reeducação física, e essencialmente, da fisioterapia.
CONTRIBUTOS PSICOMOTORES COM ENFOQUE NA SAÚDE
MENTAL:
Da
rivalidade entre uma concepção do movimento higienista e físico, de inspiração
anatomofisiológica e de rendimento motor, e de
· VAYER (1961,1971), LAPIERRE (1968),
LAPIERRE & AUCOUTORIER (1973), de SOUBIRAM & JOLlVET (1967), etc., com
uma concepção mais relacional, afetiva, lúdica e emocional que acaba por
definir o estado da arte dos modelos teóricos franceses da psicomotricidade.
A Teoria
da Psicomotricidade embora com origem multifacetada, envolvendo diversas
dimensões conceptuais sobre a motricidade e a corporalidade, ou os seus
paradigmas e sub-paradigmas, além das contribuições citadas acima citadas,
acrescenta-se hoje mais recentemente as contribuições das neurociências (DAMÁSIO,1995,
1999). A civilização humana é tributária do corpo e da motricidade (FONSECA,
1999). Porém, apesar desses estudos a confusão motricidade e psicomotricidade
subsiste e a diferenciação teórica e mesmo investigativa da ergonomia, da arte
ou da reabilitação (SÉRGIO, 1994). A psicomotricidade precisa maior integração
de conhecimentos para que possa ganhar estatuto científico.
DEFINIÇÃO E ELEGIBILIDADE:
A definição
de psicomotricidade ainda é imprecisa e multidimensional, carregada duma
taxonomia e de uma tipologia difusas, com inúmeros atributos, fatores e
indícios críticos incertos e sem consenso diagnóstico, decorrente de conceitos complexos
como os de comorbilidade, de risco, de vulnerabilidade, de disfunção, de
desordem, de dificuldades, de transtorno, de perturbação, etc., e de interdependência
ecossistêmica. Todos reclamam a exclusividade de seu conhecimento, mas o objeto
de estudo da psicomotricidade, por ser complexo, não pode caber num
conhecimento centrado ou apócrifo.
Como
paradigma principal, a psicomotricidade estuda as relações filogenéticas,
ontogenéticas e disontogenéticas complexas entre o corpo, o cérebro e os
ecossistemas, equacionadas nas seguintes três dimensões:
·
multicomponência-
componentes tônicas, posturais, somatognósicas, práxicas
·
multiexperiência- do
embrião ao recém-nascido, do bebê à criança, da criança ao adolescente, do
adolescente ao adulto, do adulto ao idoso, integrando paralelamente os sub-paradigmas
do ser humano inexperiente, do ser humano imaturo, desmaturo e maturo em termos
de desenvolvimento e aprendizagem;
·
multicontextual-ou seja,
dependente dos vários ecossistemas (endo, micro, meso, exo e macrossistemas)
onde o indivíduo se encontra inserido sócio culturalmente.
Resumindo,
o autor descreve a Psicomotricidade como objeto de estudo que subtende as
relações entre a organização neurocerebral, a organização cognitiva e a
organização expressiva da ação, isto é, compreende a ação (aqui entendida como praxias,
motricidade ou como movimento intencional), como um todo, sendo impossível de
imaginar sua execução (output separada da sua planificação (input-
integração-elaboração). A ação ou a motricidade humana só pode ser concebida
em psicomotricidade quando a componente motora se inter-relaciona dinamicamente
com a componente emocional e com a componente cognitiva, na medida em que é
essa interação neuropsicomotora que lhe fornece a característica intrínseca e
única da sua totalidade adaptativa e evolutiva. (Vitor da Fonseca)
DIAGNÓSTICO EM PSICOMOTRICIDADE:
A
identificação de síndromes ou transtornos psicomotores, inclui vários subtipos
de desorganização do movimento, noção cientificamente análoga à de dispraxia
definida por AJURIAGUERRA (1970), como "perturbação global da
personalidade, donde podem emergir problemas instrumentais ligados à
afetividade, na medida em que possuem um caráter expressivo, independentemente
de não surgirem de neuropatias ou miopatias". As dispraxias compreendem um
problema de planificação motora e de regulação e controle motor, isto é,
trata-se de uma disfunção cortical superior podendo arrastar disfunções
subcorticais e vestibulares, não envolvendo os motoneurônios inferiores, nem a
unidade muscular ou a função muscular.
A dispraxia, de acordo com vários autores,
AJURIAGUERRA& SOUBIRAN (1959), GUBAY (1975), AYRES (1979), MILLER (1986),
CRATTY (1994), envolve para além de vários subtipos, vários graus de severidade
e vários níveis etários (no sentido da cronogênese walloniana).
É
importante para determinar um transtorno psicomotor selecionar uma posição
taxonômica com marcadores descritivos, substantivos e eliológicos e
consequentemente poder avaliar todas as intervenientes diferentes, conseguindo
assim um diagnóstico baseado num modelo teórico sistêmico como o Sistema
Psicomotor Humano proposto por nós (FONSECA, 1988).
SISTEMA PSICOMOTOR HUMANO
Unidade
|
Sistemas
|
Disfunções
|
Programação
3º Frontal
Córtex
motor
|
Cognitivo
práxico
|
Desplanificação
Dismelodia
dispraxia
|
2º
Temporal
Occipital
Parietal
Límbico
caloso
|
Associativo
Imagético
perceptivo
|
Disgnosias
Dissomalogno.
Despersonaliz.
ambidestria
|
1º Atenção
Diencéfalo
Mesencéfalo
Metencéfalo
Cerebelo
Tr.
cerebral
medula
|
Proprioceptivo
Postural
Vestibular
reticular
|
Desatenção
Insegurança
Sisdiadococin
Sincinesia
Paratonia
Distonia
Dissinergia
|
O
diagnóstico em psicomotricidade (FONSECA, 1992, 1999,2000) envolve uma
avaliação neurológica tradicional. Além de uma interação mais investida,
relacional e intencional entre o diagnosticador (observador ou avaliador) e o
sujeito observado (entendido como "cliente" e não como paciente),
pois valoriza de forma transcendente e significativa as estratégias de
mediatização que visam provocar, no mesmo, mudanças relacionais e substanciais
na sua prestação psicomotora e não apenas caracterizar um perfil psicomotor
fixo, fechado ou imutável, ou seja, pretende atuar e mobilizar a sua "zona
de desenvolvimento proximal" (VYGOTSKY, 1986) o papel mediatizador do
observador (FONSECA, 1992, 1999).
Em
psicomotricidade, o diagnóstico é parte integrante e dialética da intervenção
subsequente, estabelecendo com ela um diálogo permanente de aprofundamento e de
compreensão do problema ou das perturbações psicomotoras do indivíduo,
procurando a busca intencional e significativa da sua modificabilidade
psicomotora, por ser simultaneamente centrada não só nos produtos finais da
motricidade, como nos processos que a integram, elaboram, regulam e controlam,
fazendo atuar em convergência e em sincronização neurofuncional processos
emocionais e cognitivos interiorizados.
Em
princípio, o diagnóstico psicomotor deve ter como preocupação nuclear a
colocação do sujeito observado no envolvimento pedagógico-terapêutico mais
apropriado possível. O principal objetivo da avaliação psicomotora é criar as
condições que permitem fazer emergir, facilitar e enriquecer o potencial de
aprendizagem e de adaptação do indivíduo. A ideia subjacente ao diagnóstico
psicomotor é ajudar os indivíduos, e não meramente estigmatizá-Ios. É ainda de
maior relevância uma preocupação ética quando estão sendo observados indivíduos
que revelam déficits ou vulnerabilidades
Após o
diagnostico é importante imediatamente dar continuidade a construção e criação
de programas de intervenção para enriquecimento psicomotor focados na
otimização do potencial de aprendizagem. É com base no perfil psicomotor que se
deve estruturar o plano prescritivo individualizado (terapêutico, remediativo
ou reeducativo), tendo aí atenção rigorosa e sutil para o estudo da
significação psiconeurológica dos sinais disfuncionais captados na observação
(FONSECA,1998)
INTERVENÇÃO EM PSICOMOTRICIDADE:

1.
Identificação
2.
Hipóteses
3.
Formulação de objetivos
4.
PRETI
5.
Sucesso
É
necessário que a intervenção psicomotora se construa com as bases das
metodologias cientificas, abrindo-se a investigação interventiva. Essa
intervenção pode acontecer em sala de aula regulares, em salas de apoio
especializado, em salas de consulta ou suas adaptações
Com base
na seleção das situações-problema e com a aplicação de estratégias adequadas de
mediatização (FEUERSTEIN, 1975; FONSECA, 1999), a intervenção psicomotora, seja
ela profilática, preventiva, educativa, reeducativa, remediativa ou
terapêutica, pode efetivamente promover no indivíduo as interações
interiorizadas entre as funções de planificação e de execução motora. obtendo
assim a sua modificabilidade psicomotora.
Não basta,
portanto, o movimento pelo movimento, a ação pela ação, o jogo pelo jogo, pois,
nesse caso as 'crianças hiperativas e com déficit de atenção seriam os alunos
mais eficazes da escola e as crianças mais adaptadas às situações da vida
quotidiana, o que não é verdade. (BARKLEY, 1990). "
Para se atingirem esses objetivos, o psicomotricista
tem de ser um mediatizador de excelência, intervindo simultaneamente nas
funções emocionais e afetiva dos clientes, utilizando para o efeito estratégias
de intencionalidade, de reciprocidade, de significação, de transferência e de
metacognição.
AGENDA PARA O FUTURO:
Parece ser necessário
criar um consenso de que a psicomotricidade é uma ciência e que para exerce-la
é urgente criar uma base mais coerente e com foco epistemológico nos paradigmas
de estudo. Assim, estarão sendo formados e treinados, de modo mais dinâmico e
atualizado, os atuais e os futuros psicomotricistas. O futuro da
psicomotricidade poderá ser alcançado se se romperem com fronteiras
conceptuais, mobilizando mais e melhor, os vários campos da matriz teórica e
prática.
CRÍTICA:
Considerei o artigo fundamental para a compreensão da
historia da psicomotricidade e sua relevância. Como sou psicopedagoga, tracei
um paralelo entre esses estudos que revolucionaram o conhecimento e provocaram
um choque entre as ciências.
Na minha opinião, precisamos ver a criança como um todo, numa base global. Cada um
dos aspectos possui a mesma relevância. Os pensamentos, o corpo, as
emoções. Estes aspectos estão inter-relacionados e se confluem
mutuamente. O indivíduo precisa ser considerado um ser único, capaz de se
tornar ciente de seus próprios recursos; se desenvolver, alcançar a
autorrealização e descobrir todo o seu múltiplo potencial.
Porém, é
importante compreendermos que ao decidirmos trabalhar com crianças que estão se
desenvolvendo, precisamos de profissionais bem treinados e capacitados em
contínua formação. É necessário ter consciência de como a psicomotricidade, a
psicopedagogia e outras capacitações como a neurociências são importantes em
nossas escolas e/ou espaços de atendimento. O profissional precisa dedicar anos
de esforço e estudo para que seu trabalho seja reconhecidamente profissional e bem-sucedido.
É uma tarefa que vale a pena e que compensará no futuro.
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A diferença entre competencias socioemocionais e habilidades socioemocionais
Você sabe qual a diferença entre competência socioemocional e habilidade socioemocional? COMPETÊNCIA SOCIOEMOCIONAL refer...
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