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sábado, 2 de novembro de 2019

A diferença entre competencias socioemocionais e habilidades socioemocionais



Você sabe qual a diferença entre competência socioemocional e habilidade socioemocional?


COMPETÊNCIA SOCIOEMOCIONAL refere-se ao constructo que consiste em atitudes, habilidades e facilitadores emocionais e sociais, divididos em cinco áreas diferentes que interagem uns com os outros: intrapessoais (consciência emocional, assertividade, independência, autoestima e autorrealização); interpessoais (empatia, responsabilidade social e relações interpessoais); gerenciamento do estresse (tolerância ao estresse e controle de impulsos); adaptabilidade (flexibilidade e resolução de problemas) e humor geral (felicidade e otimismo).

HABILIDADES SOCIOEMOCIONAIS se referem àquelas que se formam através do desenvolvimento das relações interpessoais e afetivas, aliada a forma como a pessoa percebe, sente e nomeia a associação entre situações e comportamentos.
Tais habilidades se modificam conforme a interação com o meio social, por isso podem ser objeto de intervenção específica, visando a uma melhor funcionalidade do sujeito. Entende-se, portanto, que existe um processo de desenvolvimento de tais habilidades para que seja atingido um nível satisfatório de competência socioemocional.
Dessa forma, o conceito de competência abrangeria o de habilidades .


terça-feira, 8 de outubro de 2019

Memórias parte 2

Memórias parte 2

Pois é pessoal, uma professora sempre tem memórias...e com nome e sobrenomes( kkk) mas não vou citar nenhum, claro.
São momentos da vida profissional e que mostram as marcas da alma que foram construidas com muito afeto.
Como aconteceu uma  vez com uma menina que ao ser perguntada sobre o que gostaria de presentear o seu pai respondeu: quero dar sossego... ele sempre me pede isso ! A menina tinha 6 anos e nem tinha noção do que queria dizer sossego e foi muito engraçado .
Outra historia foi de um menino que vinha à escola com febre alta e ao chamarmos a mãe, ela disse: Nada que 10 anos de terapia não resolva. Eu tambem fui obrigada a ir para a escola com febre e aqui estou. (?)
Em outro momento, fui criticada por abraçar meus alunos do fundamental 1. Eles adoravam minhas aulas e gostavam do afeto com que nos relacionavamos. Outros profissionais até me disseram: eu não consigo abraçar assim...Mas, é o meu jeito de ser . E como foi bom ter tido esse vínculo !



Então pessoal, a partir desse post vou iniciar um link incluindo a Neuroaprendizagem e autores que endossam essas praticas. Aguardem!

terça-feira, 24 de setembro de 2019

Memórias de uma vida como professora parte 1


Uma imagem contendo brinquedo, LEGO

Descrição gerada automaticamente






Memórias...

Fiquei pensando na minha historia profissional...Minha neta disse que eu fiz a diferença para muitas crianças e essa fala me emocionou profundamente. É verdade!
Quantas historias da educação infantil deixaram marcas na minha alma...
Logo no inicio da minha profissão, ainda como estagiária, conheci um menininho japonês e sem falarmos a mesma linguagem, transbordávamos em afeto. Alguns anos depois a historia se repetiu com um menino da França e também o contato afetivo foi a nossa linguagem. Nessa época também tinha uma aluna lourinha de cabelos cacheados que disse pra mãe: Eu gosto muito da Sheyla porque ela tem um peito gostoso
(aconchegante). Sim, sempre fui aquela dos abraços apertados. Como é bom!
Lembro de outro menino que só na escola fazia cocô . E só eu podia limpar. No inicio, ficava enjoada mas a psicóloga na época, me orientou que ele me dava de presente o seu produto e foi assim que construímos nossa relação de confiança. Ele passou a vir pra escola cada vez mais seguro.
Muitas e muitas turmas durante 20 anos de educação infantil e eu amava cada grupo a ponto de chorar no final dos anos. Mas então vinha outra turma e começávamos tudo outra vez...
Uma vez fui a escolhida para adaptar uma menina que já tinha sido convidada a mudar de escola 4 vezes e ela tinha somente 5 anos! Pois não é que consegui? Foi muito gratificante construir um relacionamento dia a dia entre tapas (literalmente, da parte dela) e beijos. Muita conversa com ela e com a turma explicando que esse comportamento era uma dificuldade de convivência e que juntos, todos iriamos ajuda-la. E foi assim que a menina permaneceu nessa escola e nesse grupo ate o ensino médio.
A partir daqui fui estudar Psicopedagogia e tive a honra como aluna do Ceperj de ter aulas com o Prof. Jorge Visca. Sempre defendendo o lema do diálogo  e do afeto com as crianças e com as turmas. Acredito que esse seja o motivo das marcas na alma...


segunda-feira, 23 de setembro de 2019

texto publicado em www.coreduc.org

A minha experiência profissional incluiu 15 anos de educação infantil e é um tema de estudo que me encanta .
Sabendo que os cuidados com a criança até os 3 primeiros anos de vida impactam sempre o seu desenvolvimento cerebral e que : a ‘’Educação transforma o mundo. Educação muda pessoas. Pessoas transformam o mundo” (Paulo Freire), “e que a vida em família é a primeira escola das emoções” (Goleman, Daniel),  afirmo que esses são os pilares do desenvolvimento infantil .
Precisamos divulgar esses pilares para o maior número possível de educadores e pessoas que se importam com a educação.
Precisamos de um currículo cognitivo que respeite as fases do desenvolvimento da criança. O currículo cognitivo proporciona um conjunto de práticas que permitem promover os vários componentes e contextos do ato mental, isto é, input– integração/ elaboração-output.

De acordo com Piaget, a escolaridade pré-escolar corresponde exclusivamente ao pensamento pré-operacional, onde a criança demonstra sua intuição e disponibilidade para estratégias de ensaio e erro. É o momento da descoberta do jogo simbólico e da linguagem.
Segundo Gardner, “a criança em idade pré-escolar está em condições ideais para se introduzir um currículo cognitivo que a ensine a pensar e a aprender a aprender. ”

Os aspectos cognitivos, psicomotores, psicolingisticos e emocionais exigem, da
parte dos educadores, uma boa formação profissional e as competências de observação e interação com os alunos.
“Uma criança competente não é necessariamente uma criança segura e estável. No sentido inverso, uma criança segura e serena não será necessariamente “um sucesso” em suas performances. Devemos olhá-las para além das nossas expectativas. […]. Existe a criança que nos satisfaz e que nos dá prazer com seus bons resultados e existe aquela que satisfaz a si mesma encontrando segurança e alegria em suas realizações.” (Denys-Struyf)

Acredito que o texto  a seguir ilustra muito bem a importância da educação infantil e por isso reproduzo na íntegra.
‘’Tudo o que realmente vale a pena saber, eu aprendi no jardim de infância. ’’ Robert Fulghum
Tudo o que hoje preciso realmente saber, sobre como viver, o que fazer e como ser, eu aprendi no jardim de infância. A sabedoria não se encontrava no topo de um curso de pós-graduação, mas no montinho de areia da escola de todo dia.

Estas são as coisas que aprendi:
1. Compartilhe tudo;
2. Jogue dentro das regras;
3. Não bata nos outros;
4. Coloque as coisas de volta onde pegou;
5. Arrume sua bagunça;
6. Não pegue as coisas dos outros;
7. Peça desculpas quando machucar alguém; mas peça mesmo !!!
8. Lave as mãos antes de comer e agradeça a Deus antes de deitar;
9. Dê descarga; (esse é importante)
10. Biscoitos quentinhos e leite fazem bem para você;
11. Respeite o limite dos outros;
12. Leve uma vida equilibrada: aprenda um pouco, pense um pouco… desenhe… pinte… cante… dance… brinque… trabalhe um pouco todos os dias;
13. Tire uma soneca a tarde; (isso é muito bom)
14. Quando sair, cuidado com os carros;
15. Dê a mão e fique junto;
16. Repare nas maravilhas da vida;
17. O peixinho dourado, o hamster, o camundongo branco….
Concluo esse artigo afirmando que a infância é um período muito rico e criativo da vida de uma pessoa. Vamos valorizar a educação infantil!

Referência:
Tudo que eu devia saber na vida aprender na vida, aprendi no jardim de infância. (Ideias incomuns sobre coisas banais)
Título original:
All I Really Need to Know I Learnedin Kindergarten
Copyright Robert Fulghum, 1986, 1988

Sheyla Baumworcel – pedagoga, psicopedagoga e pós-graduada em Neuroaprendizagem, Psicomotricidade e Cognição.

A diferença entre competencias socioemocionais e habilidades socioemocionais

Você sabe qual a diferença entre competência socioemocional e habilidade socioemocional? COMPETÊNCIA SOCIOEMOCIONAL refer...